Na terça-feira, 28 de janeiro, a conversa é com Milton Neves, um dos maiores comunicadores da história do rádio e da televisão brasileira, que garante que sua carreira ainda não acabou.
“Vou voltar, é claro. Tenho uma audiência represada enorme no rádio e na televisão, mas me auto afastei. Pedi demissão da Bandeirantes faltando uns 10 dias para acabar o meu contrato. Publiquei a carta, considerada a mais digna de um empregado perante o Johnny Saad. Abri mão de todo ou qualquer eventual direito”, relata.
“Para mim, acendeu a luz, é comigo mesmo. Futebol, não teve, não tem e não vai ter apresentador como o Milton Neves no rádio. Eu gosto mais de rádio, nasci no rádio”, competa o jornalista, que conta, com orgulho, a respeito do seu famoso quadro ‘Que Fim Levou’.
“Sou o Milton Neves vendedor de passados e uma das coisas que eu mais gosto é o ‘Que Fim Levou?’”, ressalta.
Milton Neves também comenta da sua amizade com Mauro Beting e o encontro com Silvio Santos no salão de beleza do Jassa. “O Jassa disse: ‘Sabe quem está aí? O Silvio Santos’. Eu respondi: ‘Quero ver esse homem de perto’. Foi a primeira e única vez que eu o vi. Entrei, fiquei de pé olhando-o e ele disse: ‘Moço, você está triste, né?’. Olha o reflexo dele. Foi o auge da minha depressão pela perda da minha esposa… Não falei nada, fiquei com vergonha. Aí ele saiu da sala e o Jassa foi dar uns retoques no cabelo dele. De enxerido, fui com o pente e fiquei fingindo que estava penteando-o. Saiu em tudo quanto é lugar”, relembra.
“Os caras mais importantes da República Federativa do Brasil, para mim, são Pelé e Silvio Santos. Dois ícones”, finaliza.