Impacto da Internet/Redes Sociais na Infância

A exposição excessiva e não supervisionada de crianças e adolescentes à internet e às redes sociais – muitas vezes utilizadas como “babás eletrônicas” – substitui brincadeiras e interações presenciais cruciais. Essa imersão os submete a conteúdos altamente inadequados (como ódio, violência, desafios perigosos, padrões irreais de beleza, consumismo e ideias de “sucesso fácil”), disseminados livremente pela falta de filtragem etária eficaz. _*As consequências são graves: observa-se um crescimento alarmante nos consultórios de casos de ansiedade, depressão, dependência digital, distorção da imagem corporal e sentimento de inadequação, resultantes dessa exposição tóxica e da cultura de comparação exacerbada pelas redes.*_

Reverter esse cenário exige ação coletiva urgente. Pais precisam limitar o tempo de tela, monitorar conteúdos e promover atividades offline e o contato com a natureza. Escolas devem educar para a navegação crítica e a identificação de riscos. Plataformas digitais e autoridades precisam implementar regras rígidas: proteção eficaz de dados de menores, bloqueio de recomendações algorítmicas de conteúdo nocivo, verificação de idade efetiva e responsabilização legal. _*A imprensa não pode ficar de fora, devendo promover debates qualificados e valorizar histórias reais de conquista pelo esforço. Somente com essa rede integrada – família, escola, plataformas, imprensa e poder público – será possível resgatar a infância da dependência digital e construir uma relação saudável com a tecnologia.*_

_*“ As redes sociais nos uniram, mas também nos ensinaram a arte da solidão em multidão.”*_

WANDERLEY BARBOSA
Jornalista e Radialista Profissional
Delegado do SINDRADIOCE
Presidente da AISC e Associado da ACI

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