Especialista em medicina do sono explica como a nova droga aprovada pela ANVISA pode transformar a qualidade do sono e melhorar a saúde

A insônia, um dos distúrbios do sono mais comuns no Brasil, acaba de ganhar uma nova alternativa terapêutica. O medicamento recém-aprovado pela ANVISA apresenta ação inédita no cérebro, oferecendo esperança para quem sofre com noites mal dormidas. Gleison Guimarães, especialista em medicina do sono e medicina respiratória e professor da UFRJ e da MEVBrasil, explica como a novidade funciona.

“Esse novo medicamento atua de forma diferente das opções tradicionais, que geralmente têm efeito sedativo generalizado. Ele age em receptores específicos do cérebro, promovendo um sono mais natural e restaurador, sem causar sonolência excessiva durante o dia”, detalha Gleison.

Segundo o especialista, a insônia crônica afeta não apenas o humor e a produtividade, mas também aumenta o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas. “Dormir mal é uma questão de saúde pública. Um sono de qualidade regula hormônios, fortalece o sistema imunológico e melhora a memória e a concentração”, afirma.

Gleison Guimarães alerta que, apesar do avanço, o medicamento não substitui medidas fundamentais de cuidados com o ambiente externo com a higiene do sono, o ambiente interno (nossos sentimentos, pensamentos e a rotina (nossos comportamentos).
É essencial manter horário regular de sono, evitar exposição a telas antes de dormir e controlar consumo de cafeína. O remédio é uma ferramenta adicional, mas hábitos de estilo de vida saudáveis continuam sendo a base”, ressalta.

O especialista destaca ainda que a prescrição deve ser individualizada. “Cada paciente responde de maneira diferente, e o acompanhamento médico é essencial para ajustar dose, monitorar efeitos e garantir segurança”, conclui. Podcast edinhotaon/ Edno Mariano